Lendo o trecho do Michel de Certeau e a frase de Hall, não pude deixar de pensar a escola como resistência. Vejo a cultura escolar como uma cultura de resistência. Ao contrário do que pensam os que estão no poder (secretarias de educação, governos), a escola não é o espaço da transmissão de diretrizes políticas. Na verdade, é na escola que as decisões políticas são apropriadas e modificadas. No dia-a-dia com os nossos alunos "inventamos" um saber próprio e específico, difícil de ser apreendido por quem não trabalha lá... No entanto, com frequência, os poderosos nem se dão conta disso...
Estou um pouco confuso com esse conteúdo, perdi o primeiro encontro, estive no segundo mas fiquei um pouco por fora, agora já dei uma lida no texto do Michel Certeau, mas continuo por fora, preciso de ajuda...
Olá, Conhecimento Ilimitdo. Li seu post e gostaria de ajudar. Creio que a proposta de atividade presencial é bem ampla, para permitir uma reflexão sem muita regra ou parâmetros rígidos. O objetivo não é testar seu conhecimento sobre este ou aquele autor. Que tal você, depois de ler os textos, escrever sobre o que mais apreciou nestes e como esta leitura permite refletir sobre a sua vivência com os seus alunos, sobre os conteúdos que vc ministra em sala de aula ou sobre a forma que o tema "cultura" se apresenta no seu dia a dia de professor... Abç, Mara
Lendo o trecho do Michael de Certeau e a frase de Hall,que ao contrário do que pensam sobre o poder das (secretárias de educação e governos),é na escola que as decisões políticas começam a desenvolver a sua política pessoal e começam a transmitir cultura para os seus colegas de classe. Os poderosos não se dão conta do que é trabalhado dentro das salas de aula.
Depois de ler o texto entendi que a cultura assim entendida, não diz respeito só aos cultos, costumes e a produção humana, mas a uma estrutura de significados através das quais os homens dão forma à suas experiências. O termo significado, em todas as suas variantes, esta intimamente ligado ao conceito filosófico dominante da época na qual a definição de cultura esta sendo empregado. O significado torna-se intelectualmente razoável porque demonstra representar um tipo de vida idealmente adaptado ao estado de coisas atual que a visão de mundo descreve, convincente por ser apresentada como imagem de um estado de coisas verdadeiro, especialmente bem arrumado para acomodar tal tipo de vida. Para que essa acomodação ocorra de maneira eficaz na sociedade é necessário que seus agentes introduzam suas próprias representações simbólicas.
Concordo contigo, Maria Izabel. Nós fazemos opções políticas cotidianamente. E no exercício do ofício de professor, precisamos ter clareza disso e lanchar mão de nossa autonomia pra disseminar múltiplas resistências.
Ao ler o texto, percebi que a palavra cultura vai além de costumes e hábitos praticados pelo o homem, ela de um lado que permanece e o outro lado é aquilo que se inventa. Assim a todo instante ela se transforma seja lentamente ou rapidamente, mas está sempre em movimento. Por ser plural e diversa ela é a luta incessante de demonstrar e representar um determinado tipo de vida e é no ambiente escolar que ela mostra suas diferenças e particularidades e cabe a escola ser mediadora e evitar novos conflitos que sugem a todo momento, mas esses conflitos se trabalhados acabam gerando uma novas representaçoes simbólicas que se transformaram em nova cultura.
Oi Gilda, também tenho esta mesma percepção que você. Como a cultura está sempre em movimento e é constantemente geradora de representações, não consigo ver com bons olhos aquelas análises que buscam a origem desta ou daquela cultura, desta ou de outra etnia, disto ou daquilo em termos de expressão artística, musical, de dança, etc. É por esta razão que autores como Chartier preferem a ideia de "apropriação" para tratar da forma como a cultura se manifesta. Abç, Mara
Há, na escola, um encontro ou vários de forças opostas entre o poder dominante (de professores, supervisores, direção e gorverno) e o poder que não quer ser dominado (alunos) que também representa uma força e é bastante expressiva, coesa e cada vez mais exigente. Não reconhecer a necessidade de se incorporar a força estudantil à cultura da sociedade e acreditar-se vivendo num império soberano, onde existem os que mandam e os que aceitam a submissão. Talvez, isso possa ter acontecido um dia, num passado e numa terra distante. Hoje, a força jovem, o corpo discente está cada vez mais se expondo, mostrando sua cara, exigindo seus direitos, fazendo-se ser ouvido, exigindo que seus direitos sejam respeitados, que suas diferenças sejam atendidas, que todos possam ser incluídos, independentes de seu grau de deficiência. Essas prerrogativas são necessidades desse novo milênio, fazendo com que as leis se modifiquem para que todos sejam atendidos. Professores e direção escolar que resistir a essas mudanças estão fadados a serem extintos pela própria força dos acontecimentos. E a melhor maneira de incorporar esta nova cultura, esses novos valores é estar disposto a fazer uma reciclagem em seus próprios pontos de vistas, em sua maneira de agir e de encarar tantas transformações. Uma das formas que encontrei para adaptar-me a essa nova realidade foi fazendo formação continuada, primeiramente no CEMEPE e agora na UFU ,especialização em Psicopedagogia e outra graduação: História na UFU. E já sinto mudanças em mim e em minhas aulas. Ainda é pouco. Quero continuar me aperfeiçoando, pois sem algum suporte, a docência arcaica desmorona-se por si mesmo.
11 comentários:
Lendo o trecho do Michel de Certeau e a frase de Hall, não pude deixar de pensar a escola como resistência. Vejo a cultura escolar como uma cultura de resistência. Ao contrário do que pensam os que estão no poder (secretarias de educação, governos), a escola não é o espaço da transmissão de diretrizes políticas. Na verdade, é na escola que as decisões políticas são apropriadas e modificadas. No dia-a-dia com os nossos alunos "inventamos" um saber próprio e específico, difícil de ser apreendido por quem não trabalha lá... No entanto, com frequência, os poderosos nem se dão conta disso...
Estou um pouco confuso com esse conteúdo, perdi o primeiro encontro, estive no segundo mas fiquei um pouco por fora, agora já dei uma lida no texto do Michel Certeau, mas continuo por fora, preciso de ajuda...
Olá, Conhecimento Ilimitdo. Li seu post e gostaria de ajudar. Creio que a proposta de atividade presencial é bem ampla, para permitir uma reflexão sem muita regra ou parâmetros rígidos. O objetivo não é testar seu conhecimento sobre este ou aquele autor. Que tal você, depois de ler os textos, escrever sobre o que mais apreciou nestes e como esta leitura permite refletir sobre a sua vivência com os seus alunos, sobre os conteúdos que vc ministra em sala de aula ou sobre a forma que o tema "cultura" se apresenta no seu dia a dia de professor... Abç, Mara
Acima, quando escrevi atividade presencial, quis dizer, na verdade, atividade não presencial. Abç, Mara
Lendo o trecho do Michael de Certeau e a frase de Hall,que ao contrário do que pensam sobre o poder das (secretárias de educação e governos),é na escola que as decisões políticas começam a desenvolver a sua política pessoal e começam a transmitir cultura para os seus colegas de classe. Os poderosos não se dão conta do que é trabalhado dentro das salas de aula.
Depois de ler o texto entendi que a cultura assim entendida, não diz respeito só aos cultos, costumes e a produção humana, mas a uma estrutura de significados através das quais os homens dão forma à suas experiências. O termo significado, em todas as suas variantes, esta intimamente ligado ao conceito filosófico dominante da época na qual a definição de cultura esta sendo empregado. O significado torna-se intelectualmente razoável porque demonstra representar um tipo de vida idealmente adaptado ao estado de coisas atual que a visão de mundo descreve, convincente por ser apresentada como imagem de um estado de coisas verdadeiro, especialmente bem arrumado para acomodar tal tipo de vida. Para que essa acomodação ocorra de maneira eficaz na sociedade é necessário que seus agentes introduzam suas próprias representações simbólicas.
Concordo contigo, Maria Izabel. Nós fazemos opções políticas cotidianamente. E no exercício do ofício de professor, precisamos ter clareza disso e lanchar mão de nossa autonomia pra disseminar múltiplas resistências.
Ao ler o texto, percebi que a palavra cultura vai além de costumes e hábitos praticados pelo o homem, ela de um lado que permanece e o outro lado é aquilo que se inventa. Assim a todo instante ela se transforma seja lentamente ou rapidamente, mas está sempre em movimento. Por ser plural e diversa ela é a luta incessante de demonstrar e representar um determinado tipo de vida e é no ambiente escolar que ela mostra suas diferenças e particularidades e cabe a escola ser mediadora e evitar novos conflitos que sugem a todo momento, mas esses conflitos se trabalhados acabam gerando uma novas representaçoes simbólicas que se transformaram em nova cultura.
Oi Gilda, também tenho esta mesma percepção que você. Como a cultura está sempre em movimento e é constantemente geradora de representações, não consigo ver com bons olhos aquelas análises que buscam a origem desta ou daquela cultura, desta ou de outra etnia, disto ou daquilo em termos de expressão artística, musical, de dança, etc.
É por esta razão que autores como Chartier preferem a ideia de "apropriação" para tratar da forma como a cultura se manifesta. Abç, Mara
Há, na escola, um encontro ou vários de forças opostas entre o poder dominante (de professores, supervisores, direção e gorverno) e o poder que não quer ser dominado (alunos) que também representa uma força e é bastante expressiva, coesa e cada vez mais exigente. Não reconhecer a necessidade de se incorporar a força estudantil à cultura da sociedade e acreditar-se vivendo num império soberano, onde existem os que mandam e os que aceitam a submissão. Talvez, isso possa ter acontecido um dia, num passado e numa terra distante. Hoje, a força jovem, o corpo discente está cada vez mais se expondo, mostrando sua cara, exigindo seus direitos, fazendo-se ser ouvido, exigindo que seus direitos sejam respeitados, que suas diferenças sejam atendidas, que todos possam ser incluídos, independentes de seu grau de deficiência. Essas prerrogativas são necessidades desse novo milênio, fazendo com que as leis se modifiquem para que todos sejam atendidos. Professores e direção escolar que resistir a essas mudanças estão fadados a serem extintos pela própria força dos acontecimentos. E a melhor maneira de incorporar esta nova cultura, esses novos valores é estar disposto a fazer uma reciclagem em seus próprios pontos de vistas, em sua maneira de agir e de encarar tantas transformações. Uma das formas que encontrei para adaptar-me a essa nova realidade foi fazendo formação continuada, primeiramente no CEMEPE e agora na UFU ,especialização em Psicopedagogia e outra graduação: História na UFU. E já sinto mudanças em mim e em minhas aulas. Ainda é pouco. Quero continuar me aperfeiçoando, pois sem algum suporte, a docência arcaica desmorona-se por si mesmo.
Eu já terminei as minhas atividades que faltavam... Pode me dizer se ainda falta alguma atividade sem fazer?
Postar um comentário